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Futuros de ações dos EUA sobem com otimismo por acordo sobre paralisação do governo

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Futuros dos EUA iniciam semana em alta com esperanças de acordo político

Os futuros de ações dos principais índices de ações dos Estados Unidos começaram a semana em alta no pregão asiático, impulsionados pela expectativa de um possível acordo para encerrar a paralisação mais longa da história do governo americano.

Os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançaram mais de 0,5% após declarações do líder republicano no Senado, John Thune, que afirmou planejar testar o apoio a um pacote de gastos restrito no domingo. Ainda assim, permanece incerto se os democratas apoiarão a proposta.

Enquanto isso, as ações australianas abriram em alta, e o restante dos mercados asiáticos iniciou o dia de forma cautelosa, com os investidores atentos às pressões sobre o setor de tecnologia.

Setor de tecnologia segue sob pressão

Apesar do otimismo, o clima nos mercados ainda é de cautela. A recente queda nas ações de tecnologia reacendeu preocupações sobre as altas avaliações do setor.

As ações de tecnologia asiáticas, que tiveram desempenho superior às americanas ao longo do ano impulsionadas pelo entusiasmo com os avanços da inteligência artificial na China, agora enfrentam maior volatilidade.

A falta de dados econômicos recentes também pesa sobre os investidores, que têm dificuldade para medir a saúde da economia dos Estados Unidos.

O analista sênior da Capital.com, Kyle Rodda, afirmou que “a próxima semana dependerá de se o governo dos EUA conseguirá orquestrar o fim da paralisação”. Segundo ele, embora a recuperação de Wall Street na sexta-feira tenha trazido alívio temporário, o movimento “foi pouco mais do que uma tentativa de disfarçar a realidade”.

Dados econômicos da China em foco

Os ativos chineses devem permanecer no radar dos investidores nesta segunda-feira. O índice de preços ao consumidor da China subiu 0,2% em outubro, na comparação anual, resultado impulsionado pelos feriados do mês, que aumentaram a demanda por viagens, alimentos e transporte.

Além disso, a deflação nos preços de fábrica apresentou leve desaceleração, sugerindo uma melhora marginal na economia chinesa.

Paralisação pode continuar, mesmo com votação

Mesmo que a votação de domingo avance, o fim da paralisação do governo americano ainda não é garantido. Os democratas na Câmara dos Representantes precisam aprovar o plano, e o apoio não está assegurado.

Muitos parlamentares democratas exigem uma prorrogação de um ano dos subsídios do Obamacare como condição para apoiar a reabertura do governo.

Na sexta-feira, o índice S&P 500 fechou com leve alta de 0,1%, após tocar sua média móvel de 50 dias. O dado de confiança do consumidor nos EUA, que atingiu o menor nível em mais de três anos, pesou sobre o sentimento do mercado.

Enquanto isso, o rendimento dos Treasuries de 10 anos registrou leve avanço, e o dólar americano recuou 0,2%.

Expectativas para o dólar e política monetária

De acordo com estrategistas do Commonwealth Bank of Australia, liderados por Joseph Capurso, o dólar deve continuar oscilando dentro de uma faixa restrita no curto prazo.

Eles destacaram que, mesmo com o possível fim da paralisação, a divulgação de novos dados econômicos ainda levará algum tempo. Além disso, vários membros do Federal Open Market Committee (FOMC) indicaram cautela em reduzir as taxas de juros enquanto indicadores-chave não voltarem a ser divulgados.

Banco Central da Austrália mantém cautela

Em outro cenário, o vice-governador do Banco da Reserva da Austrália, Andrew Hauser, deve reforçar nesta segunda-feira a preocupação com as pressões inflacionárias.

Segundo estrategistas, essa postura mais cautelosa do RBA (Reserve Bank of Australia) pode continuar dando suporte ao dólar australiano, mantendo-o fortalecido frente a outras moedas.

Visão do Bendita Grana

O movimento de alta nos futuros de ações dos EUA reflete um alívio temporário dos investidores, que aguardam um desfecho político capaz de destravar as negociações no Congresso americano. Ainda assim, o cenário global permanece delicado, com pressões inflacionárias, incertezas fiscais e volatilidade nos setores de tecnologia e energia.

Enquanto o governo americano busca encerrar a paralisação, a atenção do mercado se divide entre a reação da Ásia, os dados da China e o comportamento do dólar, que tende a continuar instável até novas sinalizações do Federal Reserve.

Visão da Bloomberg

A Bloomberg destaca que, embora o otimismo com um possível acordo traga algum alívio, os mercados seguem em alerta, com investidores relutantes em assumir riscos maiores sem dados econômicos recentes ou garantias políticas concretas.

O foco dos analistas permanece na resolução da paralisação e no impacto que ela pode causar sobre os próximos passos da política monetária americana.

Conclusão

A semana começa com otimismo moderado nos mercados globais, impulsionado pelas esperanças de um acordo político nos Estados Unidos. No entanto, o quadro ainda é de cautela, com investidores aguardando dados econômicos e desenvolvimentos concretos em Washington.

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Fonte: Bloomberg
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